sábado, 25 de dezembro de 2010

[ Daniel Lins... ]

- Um pouco do muito que me foi pensado e apresentado...

“O mundo, segundo Nietzsche, é a expressão necessária do caos processual constituído de encontros afetivos, salutares ou desagradáveis entre os corpos. Como, então, ser livre diante da necessidade do caos? Como encontrar no caos sua força positiva, sua potência de vida? A liberdade é uma ação que nos leva a agir e não a reagir; a liberdade é uma prática inserida à vida, como o pensamento. Trata-se, pois, para encontrar a alegria e a liberdade mínimas, de avaliar os afetos dolorosos de maneira afirmativa. Se a liberdade é uma criação social, o sofrimento é próprio do homem. Aquilo que é susceptível de nos libertar, é a conquista dos sofrimentos impostos ao homem como destino. O que é sofrer ? O que nos faz sofrer é, sobremodo, o novo, o desconhecido. A linearidade do corpo (verdades, crenças, valores dominantes) se vê, assim, atormentada pelos sofrimentos.”

...é preciso o caos dentro de si, para fazer nascer uma estrela dançante!

domingo, 12 de dezembro de 2010

[ Se resume a NADA, ponto. ]

- Quando é que as coisas deixam de fazer sentido? Como que perdemos o guia da razão e não percebemos? Será que é um voltar a ser criança? um devir? É talvez seja isso, uma vontade incessante presa dentro da nossa caixa mágica lutando pra se libertar, e que entre momentos de devaneios e brincadeiras se aflora mostrando suas surpresas e seus enigmas. Talvez eu esteja a deveras horas me incomodando com isso para chegar a "nada", se trata de um nada pessoal, do nada que a em mim e do nada que sai de mim também. Tudo se resume a NADA, ponto. Sim brincar como criança sorrir inocente-mente, mas quem disse que crianças também não fingem um sorrir uma lágrima, quem disse que elas são puras? Somos esses seres corruptos com a gente mesmo desde de que somos somente um embrião, emaranhados em uma placenta de falsidade e conveniências, abraços de contrato e beijos de engano. Somos "paridos" para o sofrimento e para o esquecimento. O primeiro suspiro já infestado de melancolia, de impressões...Ha cansei, ponto. 



                                   Pintura de Frida Kahlo

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

[ Fragmentos Desvairados ]

- O bolso cheio de anzóis, mantém a esperança de ser pescado antes que seu ultimo suspiro acabe o levando ao encontro do solo gélido do mar, se desespera, será que no lugar de pescar ela foi dançar? Melhor pensar que ela não é boa de pontaria, se desesperar agora não vai adiantar. Afinal tem dias que a maré vai contra a nossa correnteza nos desfazendo, até os anzóis enferrujarem e não se ter mais ar e o que resta é um (ar)tificio: Dançar é melhor que pescar!!!   


sábado, 4 de dezembro de 2010

[ Do café mais amargo ]

- do café mais amargo é de onde retiramos o doce mais profundo, basta ter audácia para mergulhar em suas profundezas...



foto por: Andressα chrystinα Gouveiα [grande amiga e confidente]


- Saudade do tempo onde as coisas eram mais simples e o ar mais leve, a brisa aconchegante e a maré calma... onde os sorrisos eram mais gostosos e as sensações gostosas tinham mais sabor. A perda do paladar, sim, isso talvez tenha vindo pelas circunstâncias e devaneios que a vida traz, que em certos  momentos transborda nos retirando a percepção para captar as coisas mais suaves e delicadas do dia a dia. Esse olhar funcional e mecanizado me deixa desassossegada, isso é bom afinal o estranhamento leva a mudança.
As vezes me desinteresso pela minha demasiada vontade de tocar a sujeira mergulhada em mim, seria algo atípico? Precisaria de dedos com pontas metálicas para pescar pedaços que se tornem um inteiro limpo. Limpeza sim isso me interessa.