segunda-feira, 18 de outubro de 2010

[ Lenore ]

" Este é mais um conto dentre tantos outros cantos, mais um sussurro que alcançou minha percepção. Queria escrever algo não verídico [ ou quem sabe algum dia isso foi? ], não queria algo que tocasse o coração, nem a alma, busquei algo que atiçasse os sentidos algo leve e superficial. E foi isso que saiu, algo extremamente simples feito dentro de alguns minutos, sem capricho, nem elevação. Quem sabe algum dia eu tente dar alguma profundidade a esse pseudo-projeto de conto, mas por em quanto somente vou instigar a imaginação e pensar até onde eu poderia ter levado essa falta de ar!"    



    Um nó sufocou-lhe-me a garganta a lembrar que Lenore uma jovem tão bela, corada como uma rosa e loira como um anjo em uma noite tão escura marcada por uma chuva torrencial e um céu nublado, me perguntou:
    _ Morrer não deve ser algo tão ruim assim, o alivio da existência o suprimento para os anseios da alma, não é assim que dizem os grandes poetas Laura?
     Lenore descobriu a resposta naquela mesma noite a mais curta de seu outubro, em seu casarão afastado da cidade onde sonhava ter o seu romance contemporâneo. 
   Porém ela não tinha apaixonado-se por um Edward mãos de tesoura o dela chamava-se Bertram, ele a odiava e a amava era possuidor de um magnetismo que a fascinava e por isso ela não se afastava.
    Estavam no segundo andar observando as estrelas sentindo o cheiro de terra molhada, o cenário ideal para uma noite perfeita contudo algo inesperado aconteceu ele sufocou-a tão friamente que o cheiro de morte infestou o lugar jogou-a no chão e abriu suas pernas. Como uma cobra, como um parasita estar presente no corpo dela fazia de si um animal esquecendo a dor de ser homem.
    O que ele sentia era algo tao intenso, ele só precisava saber como Lenore era por dentro e ao final de seu deleite cortou-a em pequenas partes para ninguém encontrar-la e inspirado em Hamlet esperava q de sua jovem e imaculada carne pudessem brotar violetas.




  

domingo, 17 de outubro de 2010

[ A vibrante instabilidade ecoando DE NOVO ]

"Inefável e sem nome é o que constitui o tormento e a doçura de minha alma e que é também a fome de minhas entranhas."
                                 [ Friedrich Nietzsche ] 

      Até onde posso ir pra me encontrar? Encontrar-me para perder-me novamente na imensidão do meu ser, nesse grande desgaste chamado vida. Não, não sou pessimista prefiro denominar como realista. O não contentar-se de contentamento, [ redundâncias me incomodam, e é inevitável não me incomodar ]  a constante busca de algo a mais, será isso algo normal? Ou será a minha vibrante instabilidade  ecoando?
     Até quando poderei correr em busca do novo, da revitalização da chama flamejante em meu peito? Espero um dia cansar de caminhar, quieta, e me satisfazer com o agora, me aquecer com as brasas já existentes e solidificadas em vez de buscar lapidar, lapidar, lapidar rochedos talvez maiores do que minha capacidade. 
     Haaa cansei srsrs'... pensamentos de mais, chega a me doer, quão cômodo era aquele tempo de ignorância!!



    
  

sábado, 16 de outubro de 2010

[ Tão longe esta o céu ]

"Quando eu, pássaro baleado souber que a dor que me intimida é passageira contentar-me-ei, e de novo ouvirão entre ares e mundo o meu canto. Mas quando fores embora, não terei forças para erguer-me, nem saberei como enviar meu canto ao mar silencioso, saberei apenas que a dor do abandono desliza sobre meu corpo, infiltra-se até minha alma, matando-me cego e surdo. Aí compreenderei que as asas estão curtas e tão distante esta o céu."                            [ Danilo Alencar ]



quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Muerto por algodon dulce

Por Daniela Edburg ...

- Eu tinha a proposta de somente postar fotos de minha autoria, como as que ja foram postadas. Mas como existem trabalhos maravilhos com uma pespectiva espetacular como essa, não resisti, então se assim convir após a postagem com texto e fotos caseiras minhas srsrs'colocarei uma somente com imagem dentro do assunto temático do já citado. Assim mantendo as minhas humildes e amadoras fotos também :]

[ A insustentável leveza do ser ]



"Mais tarde ficou claro como o dia que o paraíso não existia, e que, portanto os entusiastas eram assassinos..."

- Quando se percebe que a realidade contraria alguma idealização, o ser humano tem a tendência de colocar a culpa de suas frustrações em terceiros quando na verdade nós é que nos iludimos e fantasiamos. Eu, você, cada um é o entusiasta de sua vida, embelezamos ela enchemos de lírios e acordes ou nos deparamos com flores murchas e sons desafinados. Será que temos um meio termo O.o'? Isso me lembrou uma passagem de Kundera:
  "Parece que existe no cérebro uma parte específica que poderíamos chamar memória poética que registra o que nos encantou, o que nos comoveu, o que dá beleza à nossa vida..."
- Esta justa parte que deixamos tomar conta do inteiro é a culpa desse assassinato, sob uma perspectiva existencialista passamos a ter comprometimento, passamos a dar razão de ser a vida. Mas com isso criamos raízes para que em um futuro não muito longínquo estas sejam arrancadas sem nenhuma misericórdia. Assim não seria melhor viver com a leveza de não se comprometer nem se engajar com situações quaisquer, nos impor a lucidez? Não sei, por um lado isso me parece despir de mais o sentido da vida indo um grau acima de comprometimento com uma liberdade egocêntrica. 
- Ao fim esta vida que pulsa em mim irá preferir iludir-se deixando ser surpreendida pelas peripécias alheias ou se encontrara em um estado tão perplexo de lucidez se descobrindo um ser frio e demasiado calculista? Talvez uma terceira opção? Alguma outra saída? Ou então brincar em uma montanha russa entre nuvens de algodão e uma potencial chuva ácida?    

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

[ Sim, fomos loucas e felizes ]


"Mas um dia vem chegando
 Passo as horas a contar
 Quanto tempo se passou desde que você se foi..."

    Tempo, sei que não importa o quanto o tempo passe, sentimentos verdadeiros não mudam ao contrario se solidificam, e quando se trata de algo chamado saudade alem de se solidificar, machuca e contorce cada milimetro do nosso ser. Cada lágrima que se junta ao leito de um rio já derramado fere como se fosse a primeira, traz as mesmas lembranças, o mesmo desespero.
    A quem diga que com o tempo tudo se esvai, tornando-se somente mais uma pessoas dentre tantas outras historias, o difícil é quando quem se vai não era um simples figurante mais sim o protagonista que tem o papel de fazer a historia do diretor que somos cada um de nós, ter sentido.
   O que acontece quando isso ocorre? primeiro não acreditamos, segundo choramos, terceiro nos desesperamos. O que fazer quando isso se torna verídico? tentar sobreviver, porque viver como antes se torna impossível sem o mesmo aroma, sem o mesmo gosto, não possui mais paladar. Já que essa pessoa não esta mais aqui é tentar cuidar da gente como se ela estivesse, acordar e fazer de cada dia o mais proveitoso e especial possível, porque você sabe que vocês fariam isso. 
   Concretizar cada plano e no final dizer "- Foi por você!"'. A cada amanhecer e entardecer relembrar momentos, risos e abraços de dias ensolarados e noites chuvosas de brincadeiras e desencontros.
    Eu posso até tentar e conseguir achar respostas para traduzir a minha saudade, a minha tristeza, e o meu pesar mas algo que eu jamais conseguirei é uma resposta, a razão pela qual alguem morre, se vai sem se despedir sem avisar, o pior se vai para não voltar. Tendo como fuga somente os sonhos quando vem para matar a saudade com aquela cara de felicidade.         
    Bem já fui deveras longa com isso e sei que poderia escrever alem do infinito, a intenção era somente expressar um pouco do que tenho aqui dentro, do que é demasiadamente profundo em mim. E mesmo que amanha faça 3 anos dessa ausência eu sei que você ainda esta aqui em algum lugar eu sei ...

ps: by Bebeim for Paticovisque.     

Aonde está você agora
Além de aqui dentro de mim?
Agimos certo sem querer
Foi só o tempo que errou
Vai ser difícil sem você
Porque você está comigo o tempo todo
E quando eu vejo o mar,
Existe algo que diz,
Que a vida continua
E se entregar é uma bobagem
Já que você não está aqui,
O que posso fazer é cuidar de mim
Quero ser feliz ao menos
Lembra que o plano era ficarmos bem?
- Ei, olha só o que eu achei: cavalos-marinhos
Sei que faço isso pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando tudo embora

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

[ Tudo novo de novo... ]

...Vamos nos jogar onde já caímos
   Tudo novo de novo
   Vamos mergulhar do alto onde subimos...

Pensei e entrei no antigo, olhei olhei e no fim não quiz reaviva-lo, por que não? Momentos inapropriados para o agora e ideias com um desenvolvimento obscuro que não condizem com a clareza que o meu olhar procura agora. Por isso, optei por um novo Blog. Para uma nova reflexão, novas percepções, em direção a novos horizontes.

...Vamos celebrar
   Nossa própria maneira de ser
   Essa luz que acabou de nascer
   Quando aquela de trás apagou...

Mais como essa necessidade floreceu novamente? Creio que do acumulo de pensamentos e da necessidade de respirar, sair nem que seja por alguns instantes do comodismo que se tornou o ócio. Colocar em pratica os fluxos de pensamentos, mesmo que seja de uma forma desordenada, em uma tentativa de ordenar o meu mundo. Isso não seria concretizado sem um click, um estalo, sem que eu tivesse me deparado com um menino sentado na rua com seus pés descalços e com papel e caneta em mãos tentando escrever quem sabe ao menos um refrão de uma nova canção isso me mostrou que devemos ...


...Acordar
   Hoje tem um sol diferente no céu
   Gargalhando no seu carrossel
   Gritando nada é tão triste assim !!!